São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 1995
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Diversificação espanta crise

ESPECIAL PARA A FOLHA

Entre junho de 94 e junho deste ano, o número de pés aumentou 8,7% (de 455 mil para 495 mil) e a produção cresceu 27,2% (de 1,8 milhão para 2,4 milhões de caixas).
A citricultura cresceu 13,4% em número de pés de laranja em produção (de 2,6 milhões para 2,9 milhões), mas teve queda de 11,5% em sua produção (de 6,7 milhões de caixas para 5,9 milhões).
Com a atual crise do setor, os citricultores dizem que tomaram prejuízo.
A cafeicultura da região continua em franco declínio e condenada à morte, segundo os especialistas. Este ano, o número de pés em produção caiu 19,6% (de 7,4 milhões para 5,9 milhões).
A queda na produção foi ainda mais vertiginosa: 82,4% (de 101 mil sacas para 17,8 mil).
Nas culturas anuais, o melhor desempenho ficou com o tomate estaqueado. Sua área plantada cresceu 117%, passando de 74 ha para 161 ha. A produção foi ainda melhor: aumentou 164,4%, saltando de 138 mil caixas, em 94, para 366 mil caixas este ano.
Só que o preço pago ao produtor não compensou os custos de produção. A maior parte dos produtores de tomate da região ou deixou a produção apodrecer sem colheita ou deu o tomate para instituições de caridade.
O algodão também não teve bom desempenho este ano. A área plantada aumentou 12,6%, passando de 7.900 ha para 8.900 ha. Mas a produção caiu 2,7% (de 817 mil arrobas para 795 mil arrobas).
Na época da colheita, os preços estavam muito baixos e quem plantou teve que amargar mais um prejuízo.
Para Gilberto Pelinson, 34, engenheiro agrônomo da Delegacia Agrícola de Jales, a região deve continuar mudando o seu perfil agrícola e se transformando cada vez mais em produtora de frutas.
"É necessário diversificar. Os agricultores têm que se conscientizar que não se pode arriscar tudo em uma só cultura", diz.
Além da uva e da laranja, a região já planta com sucesso algumas outras frutas, como a manga e a pinha.

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