São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 1995 |
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Sérgio Motta sofre infarto agudo em SP
DA REPORTAGEM LOCAL O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, 54, sofreu ontem um infarto agudo do coração em São Paulo. Ele apresentou dor no peito, sudorese e mal-estar por volta das 14h.Motta está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Albert Einstein em boas condições, segundo boletim assinado pelos médicos Bernardino Tranchesi Jr. e Ricardo Aun. Submetido a eletrocardiograma, foi constatado infarto agudo da parede inferior (parte do coração que está em contato com o diafragma). O ministro foi encaminhado ao laboratório de hemodinâmica do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde se constatou oclusão (fechamento) aguda da coronária direita. Motta foi submetido, com sucesso, a um tratamento que desobstruiu a artéria coronária. Especulação Pela manhã, Motta negou qualquer possibilidade de mudança na equipe do governo. Segundo ele, as notícias sobre troca de ministros não passam de "especulação", "fofocas" e "falta de assunto". Na avaliação de Sérgio Motta, o país atravessa hoje o período de maior tranquilidade econômica dos últimos 30 anos e não faria sentido falar em reforma ministerial. "Tenho a impressão que muitos não se acostumaram com a tranquilidade democrática e estão com saudades do autoritarismo do regime militar", acrescentou Motta, ao tentar justificar a origem das informações sobre mudanças no governo. Segundo Motta, pelo menos até o mês de fevereiro o cenário é de "total" tranquilidade na política e na economia, porque o governo estará engajado na aprovação das reformas constitucionais. Ele afirmou que o governo tem autocrítica e sabe a dimensão da crise financeira dos pequenos e médios agricultores e dos problemas gerados pelos juros altos. "Taxas reais de juros de 3% ao mês são escorchantes e sacrificam empresas e pessoas físicas. Faremos tudo para reduzir os juros." Nos próximos seis meses, segundo Motta, o governo vai corrigir os "erros" da política econômica. Texto Anterior: Serra vê 'delírio' em número Próximo Texto: Metalúrgicos aceitam discutir encargos Índice |
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