São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 1995 |
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Metalúrgicos aceitam discutir encargos
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Essa seria, no entender do ministro e dos sindicalistas, uma forma de reduzir o desemprego. Com menos encargos sociais as empresas teriam mais estímulo para contratar, acreditam. “Poderíamos, por exemplo, negociar a redução de alguns encargos em troca de garantia de emprego e de investimentos”, disse o presidente da Confederação dos Metalúrgicos da CUT, Heiguiberto Guiba Navarro. “Desse grupo poderá sair, por exemplo, proposta de medida provisória para alterar a situação rapidamente”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (Força Sindical), Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Segundo Paiva, “o pior, do ponto de vista do desemprego, já passou”. Para ele, medidas de estímulo ao crescimento econômico já estão sendo adotadas e seus reflexos serão percebidos logo. O ministro propôs ainda que as pessoas com mais de 45 anos de idade e menos de 18 pudessem ser contratadas por tempo determinado, para estimular o emprego nessas faixas etárias. “São idéias para serem definidas no Conselho Nacional do Trabalho, que vai elaborar um projeto de contrato coletivo”, afirmou. O conselho, com a participação de governo, empresários e trabalhadores, será instalado “tão logo as partes indiquem seus representantes”, disse o ministro. O ministro se encontrou ainda, no fim da tarde, com o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, e o secretário-geral da central, João Vaccari Neto, para discutir a campanha salarial dos bancários e petroleiros, com data-base em setembro. Também à tarde, ouviu reclamações de empresários do PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais) sobre as indefinições do governo no que diz respeito à participação nos lucros. Texto Anterior: Sérgio Motta sofre infarto agudo em SP Próximo Texto: Categoria quer mudar imagem Índice |
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