São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 1995 |
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Covas vai reduzir verba de área social
ANA MARIA MANDIM
A área social, considerada prioritária pelo governador de São Paulo, Mário Covas, poderá receber, em 1996, menos dinheiro do que o previsto na proposta de orçamento do Estado divulgada na última semana. Há ameaça de redução das já escassas dotações para investimento em saúde, segurança, educação, habitação e assistência à criança. O governo argumenta que precisa ajustar o orçamento, cuja previsão de déficit é de R$ 745 milhões. A situação é crítica para a secretaria da Criança, Família e Bem-Estar Social. "Precisamos atualizar 1.600 convênios de atendimento à infância, juventude e aos idosos e deficientes, cujo pagamento foi congelado nos níveis da moeda do tempo do governador Franco Montoro (1983/86)", diz a secretária Marta Godinho. Para que a participação do Estado nos convênios, feitos com entidades filantrópicas, deixe de ser apenas simbólica, serão necessários R$ 495 milhões. A secretária também está contando com a aprovação pela Assembléia Legislativa de uma dotação de R$ 450 milhões para o programa de renda mínima, que atenderá a famílias com ganho inferior a um salário mínimo. O programa beneficiará 800 mil crianças no Estado. "Mas será preciso, também, que os deputados indiquem a fonte dos recursos", observa Marta Godinho. Na secretaria de Segurança Pública, que, neste ano, não tem investimento previsto, é grande a expectativa em relação ao que sobrará depois dos ajustes anunciados por Covas. A proposta de investimento do secretário de Segurança, José da Silva Guedes, é de R$ 270 milhões. Esses recursos, segundo o secretário-adjunto, Luiz Antonio Alves de Souza, são imprescindíveis para a reforma de delegacias e aquisição de equipamentos de telecomunicações e viaturas. Na área da educação, a estimativa de gasto com reforma e manutenção preventiva de escolas e prédios da secretaria e informatização é de R$ 899 milhões. Este montante já é menor do que o previsto para este ano: R$ 1,050 bilhão. Texto Anterior: Fundações de previdência municipais não pagam benefícios, afirma INSS Próximo Texto: Secretário afirma que demissão é irreversível Índice |
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