São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 1995 |
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Pais criticam regulamentação
FERNANDO ROSSETTI
Atualmente, esse ensino atinge -de forma não regulamentada e, na maioria dos casos, esporádica- em torno de 70% da rede, segundo levantamento do governo. Hoje, a comissão criada pelo governo para debater a questão recebe pais do Movimento Pró-Educação -uma grupo não-partidário, que desde os anos 80 atua na área. "Os princípios religiosos têm que ser dados pela igreja e pelos próprios pais", afirma Elisa Toneto, 47, do movimento. "Se o ensino for instituído da forma como está sendo proposto, vai criar uma divisão entre os alunos", diz. Para Toneto, são os conselhos de escola -que reúnem pais, professores e alunos- que devem decidir se haverá ensino religioso no local e como ele será. "Os bispos têm que respeitar os pais." A Apeoesp (sindicato dos professores) e a Udemo (sindicato dos diretores) têm posição semelhante. "O ensino religioso está previsto na Constituição e a escola deve oferecer. Mas a gente não quer que se privilegie alguns credos nem que o Estado tenha que pagar os professores", diz o presidente da Udemo, Roberto Torres Leme, 57. Para a Igreja Católica, no entanto, o pagamento dos professores está garantido, já que a Constituição define (artigo 210, parágrafo 1): "O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas". (FR) Texto Anterior: Comissão dos EUA visita usina de álcool em SP Próximo Texto: 'Superblitz' fiscalizará jet skis em Ubatuba Índice |
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