São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 1995
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Frio faz Sabesp alterar o rodízio de água

DA REPORTAGEM LOCAL

A Sabesp suspendeu entre sábado e ontem o rodízio de água nas zonas sul e oeste de São Paulo.
Desde a 0h de hoje, o rodízio voltou a ocorrer nos bairros do Butantã, Capão Redondo, Sacomã, Interlagos e Americanópolis (veja quadro ao lado).
A suspensão foi motivada pela diminuição do consumo nessas áreas provocada pela chuva e pela queda da temperatura durante o fim-de-semana.
O rodízio atinge 1,8 milhão de pessoas na região e deve ser mantido até março, segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Ele foi implantado por causa dos problemas na rede de distribuição da empresa. Com o alto consumo, a água perde pressão e não chega às áreas altas e mais distantes das caixas-d'água que abastecem os bairros.
Isso faz com que sempre a mesma área fique desabastecida. Para dividir a água, a Sabesp implantou o rodízio, no último dia 7.
As regiões que estão em rodízio enfrentam o problema, normalmente, no verão. Neste ano, as altas temperaturas do inverno elevaram o consumo cerca de 15%.
A assessoria de imprensa da empresa afirma que o rodízio deverá ser suspenso sempre que o consumo diminuir.
A decisão é tomada na noite anterior à interrupção no fornecimento e depende do nível das caixas-d'água na área onde o rodízio está programado.
Zona leste
Na zona leste, onde 340 mil moradores estão enfrentando interrupções no abastecimento de água, o rodízio continua normalmente, sem previsão para suspensões.
Os problemas na região devem ser minimizados a partir do mês de novembro, quando está prevista a inauguração de um "booster" (conjunto de bombas que aumenta a pressão da água) em Cangaíba.
Outro 1,8 milhão de moradores da região metropolitana de São Paulo está sob rodízio permanente no abastecimento de água.
A Sabesp afirma que a principal causa dos rodízios é o déficit de produção de água tratada, que chega a 6.000 litros por segundo. Hoje, a empresa produz cerca de 58 mil litros por segundo.
Segundo a empresa, com investimentos de R$ 693 milhões em um cronograma de obras até 1998 o problema será resolvido.

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