São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 1995
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Ladrões furtam Catedral da Sé

DA REPORTAGEM LOCAL

Ladrões furtaram 12 castiçais de prata neste fim-de-semana da Catedral da Sé, na praça da Sé (região central de SP). É a segunda vez em um ano que essas peças são levadas da catedral.
Segundo o depoimento à polícia do pároco da catedral, padre Dagoberto Boim, 56, ninguém viu os ladrões.
Os castiçais de prata foram fundidos em 1795 e têm a inscrição "Cúria Metropolitana". Eles ficavam em um salão da igreja.
O furto (quando o ladrão age sem violência contra pessoas) aconteceu, segundo Boim, entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado passado.
Os ladrões teriam arrombado uma entrada de ar da catedral a fim de levar as peças de prata.
O sumiço dos castiçais foi percebido por funcionários no sábado de manhã. Pouco depois, o padre Boim foi registrar o caso no 1º DP (Sé).
A polícia desconfia que os ladrões vão derreter as peças ou vender os castiçais para colecionadores de antiguidades. O 1º DP está investigando receptadores de prata roubada para saber quem furtou os castiçais.
A Igreja não soube informar o valor dos castiçais furtados. A delegacia enviou uma equipe da perícia técnica para a catedral, que examinou o local a fim de achar impressões digitais dos ladrões.
Até as 21h de ontem, os policiais não tinham pistas sobre a identidade dos criminosos.
Roubos
No total, foi a quarta vez que a catedral da Sé foi furtada. Da primeira vez, em 1991, os ladrões arrombaram os cofres no subsolo da igreja e levaram o dinheiro dado, durante as missas, pelos fiéis para obras assistenciais.
Em 14 de novembro do ano passado, um grupo de ladrões arrombou a catedral da Sé e furtou os 12 castiçais e 2 pedestrais de prata.
Juntos, os pedestrais pesavam cerca 60 quilos e tinham 1,5 metro de altura cada um. Eles serviam como suportes para crucifixos. Na época, também não houve testemunhas da ação dos ladrões.
Um mês depois, todas as peças foram recuperadas pela polícia no bairro do Sacomã (zona sul), e os ladrões, presos.

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