São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 1995
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Chuva deixa 700 mil sem luz em Campinas

DA FOLHA SUDESTE; DA FOLHA NORDESTE

Uma tempestade com ventos de até 100 km/h que durou 40 minutos derrubou pelo menos 50 árvores, deixou 700 mil pessoas sem energia elétrica, destelhou 12 casas, provocou acidentes de trânsito e inundou ruas do centro de Campinas (99 km a noroeste de SP) entre 16h e 16h40 de ontem.
Uma criança ficou ferida levemente no desabamento de uma casa. Outras três casas desabaram em diferentes bairros e quatro carros foram danificados.
Não chovia na região havia 70 dias. Às 16h, começou a tempestade. Os carros tiveram que trafegar com faróis acesos. A iluminação das ruas foi acionada.
Segundo o Cepagri (Centro de Pesquisa em Agricultura), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), houve chuva de granizo em diferentes pontos da cidade.
Tempestade é caracterizada como uma chuva forte, de curta duração e com ventos entre 89 km/h e 102 km/h, segundo Hilton Silveira Pinto, 51, diretor do Cepagri. O órgão faz controle e levantamento dos fenômenos meteoreológicos na região.
A CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) recebeu cerca de 300 pedidos de conserto entre 17h e 18h30 de ontem. Normalmente, são feitas 60 chamadas por dia.
Parte da cidade ficou sem energia até a noite de ontem. Segundo a CPFL, a previsão inicial era que a normalização no fornecimento deveria durar a noite toda.
Semáforos em toda a cidade tiveram problemas e deixaram de funcionar. Segundo a Prefeitura de Campinas, as panes foram causadas pela falta de energia. A normalização, segundo a prefeitura, deveria ocorrer durante a noite.
Na rodovia Anhanguera, que liga Campinas a São Paulo, pelo menos oito acidentes foram registrados durante a tempestade devido a ventos e pista molhada.
Ninguém morreu. Até as 19h de ontem, a Polícia Rodoviária Estadual não tinha um balanço de feridos nos acidentes.
Obras em toda a cidade de Campinas foram atingidas. Um muro de concreto em obra de edifício no Cambuí (região nobre) desabou, sem causar ferimentos.
Comerciantes do centro de Campinas tiveram que fechar suas lojas devido à inundação.
Vendaval
Em maio do ano passado, um vendaval em Ribeirão Preto (319 km ao norte de SP) deixou 3 mortos, 130 feridos e pelo menos 200 famílias desabrigadas.
Os ventos atingiram 110 km/h e duraram 10 minutos. Pelo menos 40% das árvores foram destruídas. Os danos foram estimados na época em mais de US$ 11 milhões.

* Colaborou a Folha Nordeste

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