São Paulo, terça-feira, 19 de setembro de 1995 |
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Construção civil demite 208 mil no México
FLAVIO CASTELLOTTI
Segundo a CNIC (Câmara Nacional da Indústria de Construção), a atividade do setor caiu 44% neste ano, comparada a 94. O relatório indica que apenas 57% das empresas de construção tiveram alguma obra nos últimos três meses, 39% das empresas estão totalmente paralisadas e 3,7% entraram com pedido de falência. "Moradia, zero; infra-estrutura, zero; auto-estradas, zero; geração de empregos, zero." Essa foi a resposta de Adrés Caire, vice-presidente da construtora Tribasa (uma das maiores do país), quanto à atividade do setor em três meses. A empresa ICA (Ingenieros Civiles Asociados), maior construtora mexicana, é um exemplo típico. Apresentou queda de 58% em suas receitas no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 94. No segmento de construção pesada, a redução foi de 79%, pois cancelaram-se todos os contratos para auto-estradas concessionadas. O estancamento da construção civil teve fortes reflexos na produção de cimento do país. Segundo estudo do grupo Banamex-Accival, a demanda por cimento caiu 38% entre janeiro e julho. Volkswagen A Volkswagen do México registrou queda de 72% em seu volume de vendas no mercado interno durante os oito primeiros meses de 95, em comparação com igual período do ano passado. Em 94, a montadora colocou 256 mil automóveis no mercado nacional. Este ano, espera comercializar apenas 45 mil, disse Francisco Bada, diretor da empresa. A previsão inicial da montadora era vender 70 mil veículos no mercado mexicano. "Conseguimos aumentar nossas exportações, o que não compensou a recessão interna", afirmou Bada. A Volkswagen mexicana exportou, em 94, 92 mil unidades e espera fechar 95 com 130 mil, incluindo os modelos Golf enviados ao Brasil. Texto Anterior: O paradoxo da política econômica Próximo Texto: Economia japonesa cresce 0,8% Índice |
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