São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995
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Suassuna quer 'monitorar' venda da Vale

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), relator do projeto de lei que obriga o governo a submeter a privatização da Companhia Vale do Rio Doce à prévia autorização do Congresso, mudou de idéia e vai dar parecer contrário à proposta, de autoria do senador José Eduardo Dutra (PT-SE).
Suassuna disse ontem que vai apresentar um substitutivo ao projeto de Dutra, propondo a criação de uma comissão mista de deputados e senadores para "acompanhar e monitorar" o processo de privatização da Vale.
A comissão não teria poder de veto, segundo o relator, mas participaria de todo o processo de privatização, desde o levantamento do valor da estatal até a definição sobre a aplicação dos recursos obtidos com a sua venda.
Suassuna mudou de idéia porque "houve fatos novos", como por exemplo a comprovação do governo de que precisa vender a Vale do Rio Doce e sua disposição de aceitar o discutir o assunto.
O presidente do PPB (Partido Progressista Brasileiro), senador Esperidião Amin (SC), defende um processo de "privatização desconfiada", com o acompanhamento permanente do Congresso.
A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados enviou ontem ao TCU (Tribunal de Contas da União) um requerimento do deputado Chico Ferramenta (PT-MG) solicitando uma auditoria patrimonial, financeira e imobiliária na Vale.
Lloyd
O governo incluiu ontem a Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro no programa de desestatização para liquidá-la posteriormente.
Segundo exposição de motivos que acompanhou o decreto, a crise econômica e financeira do Lloyd se tornou insolúvel e a única forma de evitar mais prejuízos é a sua liquidação.
Setor petroquímico
O "Diário Oficial da União" também publicou decreto presidencial que exclui do programa de privatização as ações que a Petroquisa possui na Petrocoque. A Petroquisa tem a maioria das ações da empresa. O governo não divulgou os motivos para esta decisão.

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