São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995
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Saída 'técnica' perde força

GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Estão praticamente esgotadas as possibilidades de uma saída "técnica" para a crise do Banespa, segundo avalia o Banco Central.
A diretoria do BC espera agora uma decisão política do presidente Fernando Henrique Cardoso.
As negociações entre o BC e o governador Covas chegaram a um impasse que, para a equipe econômica, é definitivo.
O diálogo acabou depois que a última proposta de Covas foi recusada pelo BC.
O BC chegou a abrir mão da privatização do Banespa, desde que Covas capitalizasse o banco exclusivamente com recursos do Estado de São Paulo. O governador, porém, argumenta não ter esse dinheiro em caixa.
Reclama-se, no BC, da omissão de FHC, que desde empossado não se pronunciou sobre o futuro do Banespa -no ano passado, ainda na condição de presidente eleito, FHC deu o sinal verde para a intervenção no banco que deveria resultar em privatização.
Entretanto, é sobre o BC que recaem os ataques, cada vez mais agressivos, dos políticos paulistas, quase todos contrários à privatização do Banespa. Até aqui, o BC não tem se pronunciado sobre as críticas recebidas.
O BC simplesmente não leva a sério a proposta de Covas: pagar com imóveis metade da dívida de R$ 13 bilhões do Estado junto ao banco e conseguir o dinheiro restante no exterior com o aval do governo federal.

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