São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995 |
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Covas afirma que fez proposta oficial
CARLOS MAGNO DE NARDI
Anteontem, Mauch havia dito à Folha jamais ter recebido proposta formal do governo de São Paulo para o pagamento da dívida de R$ 13 bilhões do Estado com o Banespa e encerrar a intervenção, iniciada no final do ano passado. "Eu estranhei a afirmação porque apresentei uma proposta pública e recebi, inclusive, uma resposta negativa do BC. É óbvio que a proposta foi feita", disse. Covas chegou a telefonar ao diretor do BC para contestar a versão. No início do mês, Covas e seu secretário da Fazenda, Yoshiaki Nakano, foram à sede do BC, em Brasília, expor a proposta. Ele foi recebido pelo presidente do banco, Gustavo Loyola. A proposta, porém, foi feita verbalmente e não por escrito. Na opinião do governador tucano, "se escrita ou não é secundário. Se não fosse oficial não haveria resposta". Pela proposta, metade da dívida seria paga com bens estaduais e a outra metade, com empréstimo externo com aval do BC. O Banco Central, porém, só se predispõe a autorizar o empréstimo externo mediante o compromisso do governador em privatizar o Banespa. Covas se nega. Covas voltou a afirmar que o BC rejeitou sua proposta e que, portanto, não cabe mais ao governo do Estado apresentar novas sugestões para encerrar a intervenção federal no Banespa. Enquanto Covas e o BC não chegam a um consenso, a dívida do Estado com o Banespa cresce R$ 500 milhões por mês (R$ 20 milhões ao dia). Loyola não foi encontrado para comentar o caso. Segundo seu secretário, Cláudio Mauch não iria comentar as críticas de Covas. Colaborou a Sucursal de Brasília Texto Anterior: Bancada de SP rompe com BC e vai a Malan Próximo Texto: Saída 'técnica' perde força Índice |
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