São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995
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IGP-M aponta deflação de 0,49% na segunda prévia

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

A segunda prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) de setembro voltou a detectar deflação (diminuição de preço na média dos produtos pesquisados).
Desta vez, os preços caíram 0,49%, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
A coleta de preços foi feita pela FGV entre os dias 21 de agosto e 10 de setembro. A comparação é feita com a média de preços entre 21 de julho e 20 de agosto.
A FGV informa que a coleta de preços não é uniforme durante o mês. Portanto, não é possível fazer uma projeção do índice final a partir das prévias.
Na primeira prévia, divulgada dia 12, houve deflação de 0,34%. O IGP-M é medido pela FGV para a Andima (Associação Nacional dos Investidores do Mercado Aberto).
O índice tem duas prévias e a taxa definitiva, esta referente ao período do dia 21 de um mês ao dia 20 do seguinte.
Os preços no atacado (que representam 60% do índice) foram os responsáveis pela queda da média dos preços, caindo 1,04%.
Os bens de consumo caíram 2,93%, enquanto os bens de produção subiram 0,05%.
Os preços agrícolas caíram 4,02% para o atacado. As maiores quedas foram da cebola (43,65%), mamão (27,98%), batata inglesa (15,14%) e bovinos (3,88). Os preços industriais subiram 0,32% no atacado.
O resultado dos preços agrícolas se deve à continuação das boas condições climáticas, que têm impedido aumentos expressivos no setor.
Os preços ao consumidor (30% do total do índice) subiram 0,17%. Na primeira prévia, havia ficado em 0,13%.
Entre os preços do varejo, a maior queda foi dos produtos de vestuário (1,87%). Em agosto, já houve deflação de 0,18% nos preços deste segmento, por causa da antecipação das liquidações de inverno.
Os produtos de alimentação, que caíram para o atacado, observaram o mesmo movimento no varejo. Houve redução de preços de 1,52%, o que já havia acontecido na primeira prévia (1,21%).
O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), que responde por 10% do IGP-M, cresceu 0,35%. Mão-de-obra subiu 0,25%, e materiais de construção, 0,45%.

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