São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SP recebe o que sobrou do Simple Minds

ANA BAN
DA REVISTA DA FOLHA

Show: Good News from the Next World
Banda: Simple Minds
Onde: Olympia (r. Clélia, 1.517, tel. 011/252-6255)
Quando: amanhã, às 21h30
Preço: R$ 30 (pista), R$ 45 (setor C) e R$ 60 (camarote)

Depois de quase quatro anos sem lançar discos e três sem pisar no palco, a banda escocesa Simple Minds -ou o que sobrou dela- faz turnê mundial e visita o Brasil.
O vocalista Jim Kerr, 36, e o guitarrista e tecladista Charlie Burchill, 35, mais conhecidos pelos hits fáceis dos anos 80 "Don't You Forget About Me" e "Alive and Kicking" e canções politizadas como "Mandela Day", vêm pela segunda vez a São Paulo -a primeira foi em 1988- para mostrar o último álbum, "Good News from the Next World".
Jim Kerr falou por telefone à Folha na segunda-feira, do Chile, onde fez show ontem. Leia abaixo trechos da entrevista.

Folha - Por que vocês ficaram três anos sem fazer shows?
Jim Kerr - Nós adoramos tocar ao vivo, mas, quando você sai em turnê, não pode fazer mais nada. Todo mundo quer ter mais de uma coisa na vida, por isso decidimos tirar uma folga. Mas não paramos de fazer música, só ficamos sem aparecer em público. Foi bom, recuperamos o entusiasmo.
Folha - Você e Charlie Burchill trabalham juntos há quase 20 anos. Qual é o segredo para uma parceria durar tanto?
Kerr - Em primeiro lugar, somos muito amigos. Depois, nunca cansamos da banda, sempre quisemos mais. Mas o verdadeiro segredo é que, apesar de sermos muito unidos, também sabemos respeitar o espaço um do outro.
Folha - O que você ouve?
Kerr - De tudo um pouco. Hoje, por exemplo, já ouvi um bolero, Beatles, Radiohead e Bob Marley. Sou bem eclético.
Folha - Você lembra do Brasil?
Kerr - Nós tocamos em um festival com outras bandas, então o contexto era bem diferente. Mas foi maravilhoso, algo que ficou guardado na memória.
Folha - Como vai ser o show?
Kerr - Temos a reputação de ser uma ótima banda ao vivo. Quero fazer jus a ela e superar as expectativas. Vamos tocar coisas de todas as nossas fases, talvez até músicas inéditas. Vocês vão ver um grupo que faz cada show como se aquele fosse o mais importante.
Folha - O que são "Good News from the Next World" (boas novas do próximo mundo)?
Kerr - É o mundo da inspiração. Quando você escreve uma música e se concentra muito, às vezes parece estar em um mundo diferente, separado, onde estão os sentimentos. As boas novas para nós são que, depois de muito tempo, esse mundo ainda nos alimenta, diverte e inspira.
Folha - Você tem algum plano para o futuro?
Kerr - A turnê acaba em novembro, já estamos pensando nas músicas para um novo disco.

Texto Anterior: Morre filósofo francês Georges Canguilhem; Fiesp lança 5º edição do prêmio Design Movelsul; Novo Almodóvar é bem recebido pela crítica; Mel Brooks filme paródia de Drácula com Nielsen
Próximo Texto: O pianista Marcelo Bratke toca só hoje no Cultura Artística
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.