São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 1995 |
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Dirigentes trocam acusações
EMANUEL NERI
"Foi uma molecagem", diz o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), ao reclamar da decisão do comando de não entregar a secretaria-geral do partido a um integrante da esquerda. "A base do PT está de saco cheio por causa dessas brigas de tendências", afirma Cândido Vaccarezza, eleito para a secretaria-geral do PT. "O pior é quando essas brigas são por cargos". A crise entre direção do PT e ala esquerda se intensificou no último domingo, durante reunião do Diretório Nacional do partido. Sem a secretaria-geral, a esquerda se retirou da reunião e se recusou a ocupar outros cargos na direção. "Atitudes como essa não se coadunam com a tradição do PT", diz Chinaglia. O comando do partido alega que a aliança em torno do bloco majoritário reuniu 54% do partido; a esquerda teve 46%. "Estamos abertos para pacificar o PT. Nossa alternativa é o diálogo", declara Vaccarezza: "O que não vale é ficar fazendo ameaças pela imprensa". Chinaglia diz que, sem a secretaria-geral, não há acordo. "Se eles continuarem errando assim, tudo vai ser possível", diz Chinaglia. Ele ameaça com a criação de um bloco independente no interior do partido formado pela esquerda. A direção do PT diz ter o apoio dos dois governadores petistas, de 42 dos 49 deputados federais e de quase todos os prefeitos. (EN) Texto Anterior: Partidos farão projetos comuns Próximo Texto: EUA facilitam experimento em doente terminal Índice |
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