São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 1995
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NY defende pena de morte por crime

DANIELA FALCÃO
DE NOVA YORK

O governador de Nova York, George Pataki, afirmou ontem que, se depender dele, o assassino da portuguesa naturalizada brasileira Maria Isabel Monteiro Alves, 44, será condenado à morte. "Esse crime chocou toda Nova York. A pena de morte é o mínimo que podemos fazer para mostrar nossa grande tristeza." disse.
Maria Isabel foi morta entre as 21 horas de sábado e a madrugada de domingo, enquanto fazia cooper no extremo norte do Central Park, próximo ao Harlem.
O prefeito Rudolph Giuliani disse que ainda é "muito cedo" para defender que os assassinos da brasileira sejam condenados à morte.
"Não sei ainda se sou a favor da pena de morte, porque precisamos primeiro achar o culpado e entender o motivo do crime. Mas, sem dúvida, esse assassinato é um dos mais brutais da cidade e chocou toda a população", afirmou Giuliani.
A mãe de Maria Isabel, Lídia, e a cunhada, Martha Molnar, estão sendo esperadas na cidade hoje pela manhã.
O Consulado do Brasil em Nova York afirmou que dará todo o apoio necessário à estadia das duas em Manhattan. O prefeito deverá se encontrar pessoalmente com as duas, mas a assessoria de imprensa de Giuliani disse que "ainda não há confirmação do encontro".
Giuliani criou um fundo de doações para ajudar a família de Maria Isabel, depois que centenas de pessoas telefonaram para a loja em que ela trabalhava oferecendo ajuda.
Na Stephane Kélian, butique de sapatos franceses instalada na Avenida Madison, o movimento de curiosos foi grande ontem.
Todos queriam ver de perto a loja em que Maria Isabel trabalhou durante os três últimos anos.
O córrego onde o corpo da brasileira foi achado também atraiu muita gente, tanto moradores da cidade quanto turistas.
A área continuava isolada e policiais passaram o dia vasculhando o local, na última tentativa de achar algo que ajudasse a desvendar o crime.
Na rua 46, reduto tradicional da comunidade brasileira em Nova York, a morte de Maria Isabel era motivo de todas as conversas.
Foi numa agência de turismo instalada na rua 46 que Maria Isabel havia comprado a passagem que usaria para ir ao Brasil no Natal.

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