São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 1995 |
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Queda de bimotor mata 3 em SP
DA FOLHA NORTE Três pessoas morreram anteontem às 18h na queda de um avião bimotor na fazenda Estrela, a 10 km de Monções (533 km de SP).Na aeronave estavam o empresário Altino Bellodi, 55, dono da Usina Santa Adélia, de Jaboticabal (345 km de SP), o piloto José Cardoso Vízeo, 66, e o mecânico Walter Beckmann, 52. Os três haviam partido por volta das 17h30 de Três Lagoas (MS) -onde a família de Bellodi tem uma fazenda- rumo a Ribeirão Preto (319 km de SP). O Ministério da Aeronáutica começou a investigar ontem pela manhã as causas do acidente. Segundo o delegado Acacio de Oliveira Santos Neto, 33, um trabalhador rural que teria visto o avião ainda no ar disse que a aeronave estava sem uma das asas. A trabalhadora rural Josefina Romero de Melo, 48, que mora a 800 m do local da queda, disse que o barulho foi ensurdecedor. "Fiquei muito assustada com o barulho e logo fomos ao local para ver o que era", disse. O avião media cerca de 15 metros de comprimento por 25 metros de envergadura. Na queda, os corpos dos três ocupantes foram arremessados a aproximadamente 50 metros do local do acidente. Os destroços do avião se espalharam em um raio de 200 metros. Policiais das cidades de Monções, Macaubal, Buritama e Nhandeara participaram das buscas, que foi dificultada pela extensão da mata -cerca de oito hectares de vegetação. O capitão Odim Grothe, 35, do Serae (Serviço Regional de Aviação Civil), do Ministério da Aeronáutica, em São Paulo, disse ontem que a queda do avião poderia ter sido provocada por pane mecânica, falta de combustível, baixa altitude ou quebra de equipamentos. Ele não descartou como causa do acidente a hipótese de problemas em uma das asas. "Essa é uma forte hipótese. A confirmação do motivo só poderá ser feita depois da análise do laudo, elaborado pelo Ministério da Aeronáutica com ajuda da Polícia Civil de Monções", disse Grothe. O capitão percorreu ontem a fazenda Estrela em companhia das polícias Civil, Militar e Florestal. Segundo ele, investigações de acidentes com bimotores são dificultadas pela inexistência da caixa-preta -equipamento que registra as operações feitas pelo piloto durante o vôo. Texto Anterior: Pênis ficará sem nome em campanha contra Aids Próximo Texto: Universidades elogiam emenda pró-estrangeiros Índice |
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