São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Herói sofre mutação para sobreviver

DANIELA ROCHA
DA REDAÇÃO

Estréia: Waterworld - O Segredo das Águas
Diretor: Kevin Reynolds
Elenco: Kevin Costner, Dennis Hopper, Jeanne Tripplehorn, Tina Majorino
Onde: Metro 1, Top Cine, Gemini 2

"Waterworld - O Segredo das Águas" está longe de ser um filme genial. Sua história, no entanto, é boa. A idéia dos roteiristas Peter Rader e David Twohy (e outros, que não levaram crédito) era fazer um épico apocalíptico futurista (ano 2045).
Após o degelo das calotas polares, os sobreviventes fazem o que podem para conseguir terra, a moeda mais valiosa de então. Todas as cenas foram gravadas no mar, próximo ao Havaí.
Costner interpreta Mariner, um sisudo navegante, dono de um engenhoso barco. Como prova da sua adaptação para a sobrevivência, ele é um homem-anfíbio, tem guelras atrás das orelhas. É um ser dotado de extrema habilidade corporal e criatividade.
Seu primeiro ato no filme é fazer xixi em um funil de uma engenhoca que tranforma urina em água potável, que ele bebe ali mesmo, na hora.
Mas seu mau humor advém de outros motivos: para viver naquele mundo hostil, em que todas as pessoas são mesquinhas, a gravidade de Mariner é uma arma.
Na cena em que visita o atol, um forte onde vive uma comunidade de sobreviventes -um cenário de ferro que pesa mil toneladas e que custou US$ 5 milhões à produção-, Mariner é tido por espião e preso, seu barco é saqueado e ele, condenado à morte.
Um ataque ao forte pela gangue em jet skis dos "Smokers" (Fumantes), liderada pelo vilão Deacon (Dennis Hopper), faz com que a comerciante do forte, Helen (Jeanne Tripplehorn) e sua filha adotiva Enola (Tina Majorino) resgatem Mariner para escapar com ele em seu barco.
A pequena Enola tem uma tatuagem nas costas que, acreditam os "Smokers", é o mapa da procurada 'terra seca', um possível continente.
A sequência do filme de ação se inicia. Corridas e perseguições colocam a habilidade de Mariner à prova. Ele se dá bem, apesar de levar Helen e Enola em seu barco a contragosto.
Os vilões, como nos filmes de Batman, caem em suas próprias armadilhas. Cenas embaixo d'água têm efeitos amadorístiscos.
(DR)

Texto Anterior: 'Waterworld' é épico futurista milionário
Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.