São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 1995
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Betinho quer o combate à violência dentro de campo

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, coordenador da Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida, pediu ontem, durante a Caminhada pela Paz, no Rio, que os jogadores voltem a jogar o "futebol-esporte" e abandonem o "futebol-pancada".
Betinho acredita que as campanhas contra a violência nos estádios de futebol tenham começado a surtir efeitos positivos em relação às torcidas organizadas.
Agora, ele acha que a conscientização deve acontecer também dentro de campo.
Para Betinho, ainda há muita agressividade entre os jogadores.
"Se o jogador não pode ir na bola, que não vá no adversário", disse o sociólogo.
A Caminhada pela Paz, realizada em toda a extensão da avenida Atlântica (Copacabana, zona sul do Rio), durou cerca de três horas e reuniu cerca de 2.000 pessoas, segundo a Polícia Militar.
A maioria dos participantes vestia roupas brancas. Muitos levavam faixas e cartazes com apelos em favor da paz.
A presença de integrantes de torcidas organizadas, no entanto, foi inexpressiva.
A única presente, com 30 torcedores, foi a Raça Rubro-Negra, do Flamengo, que tem 30 mil sócios cadastrados.
Marcelo Freire, responsável pela torcida, considera válidas todas as formas de movimento contra a violência nos estádios.
Ele ressalta, porém, que a rivalidade entre as torcidas sempre existirá. "Essa coisa de amizade, frequentar os mesmos lugares, nunca vai existir", disse.

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