São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 1995![]() |
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Leny Andrade faz mescla de ecletismo e improvisação em show
LUIZ ANTÔNIO RYFF
Atração da noite de encerramento, Leny cantou como se estivesse encostada no piano de um bar, conquistando o auditório com humor, simpatia e muitas histórias. Como de habitude, Leny mesclou um repertório de jazz, samba e bossa-nova. Mostrou duas coisas para quem foi vê-la no Teatro Carlos Gomes: que já era uma cantora eclética antes da moda que assola a MPB e que ainda conserva a coroa de rainha do improviso. No início, ela travou um duelo difícil com o som do teatro. Sua voz potente, que mal cabe no corpo atarracado (1,50m e 80kg), acabou vencendo. Daí em diante, os bons momentos foram se sucedendo. Demonstrou entusiasmo em "Estamos Aí", uma de suas preferidas e fez uma versão surpreendente de "Samba de Uma Nota Só", acompanhada de baixo elétrico. O baixista Arismar do Espírito Santo tocava digitando as cordas com a mão direita -técnica mais comum no rock do que na bossa-nova. Ele, a pianista Silvia Goes e a baterista Lilian Carmona formaram um trio de ótimo nível. Organizado pela Fundação Doutor Blumenau, o festival reuniu músicos locais e de outros Estados, como a banda paulista Tito Martino Jazz Fireworks. O jornalista LUIZ ANTÔNIO RYFF viajou a Blumenau a convite da organização do festival. Texto Anterior: Ray Charles prova que a lenda está viva e ainda canta e toca muito bem Próximo Texto: Gerald Thomas converte Fausto à pintura Índice |
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