São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995 |
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Bolsas declinam no Brasil e no exterior
RODNEY VERGILI
Os índices do mercado acionário brasileiro acompanharam também os indicadores da Bolsa de Buenos Aires (queda de 3,26%) e do México (baixa de 2,32%). No mercado de renda fixa, o Banco Central está mudando sua política de atuação, deixando o mercado oscilar mais livremente. Há quem acredite que o governo esteja realizando operações de um prazo maior para evitar intervenções diárias. O Banco Central interveio ontem no mercado aberto e sinalizou a taxa de over até amanhã (dia 27) a 4,92% para os dias úteis, o que projeta rentabilidade de 3,3% para este mês. O mercado cambial trabalhou próximo do valor mínimo do dólar (R$ 0,953) fixado pelo Banco Central. Os exportadores voltaram a fechar câmbio, reagindo a declarações do presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, de que as empresas devem procurar aumentar a produtividade e reduzir custos, pois não haverá reajustes expressivos no câmbio. O juro real (acima da inflação) próximo a 3% este mês também estimula os exportadores a fecharem câmbio para aplicarem no mercado de renda fixa. O fluxo cambial total (entradas menos saídas de dólares) foi positivo em US$ 185,03 milhões na sexta-feira passada. O BC realizou leilão de compra de dólar ontem adquirindo a moeda norte-americana pelo valor de R$ 0,953. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,102%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 4,89% para dias úteis, significando rendimento de 3,31% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,85% para dias úteis, o que significou rentabilidade de 3,29% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 2,6015%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 26% e 44% ao ano. CDBs pós-fixados para 122 dias entre 17,1% e 17,3% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,43% ao mês, projetando rentabilidade de 3,72%. Para 30 dias (capital de giro): entre 45% e 98% ao ano. No exterior Prime rate: 8,75% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: queda de 2,02%, fechando com 45.790 pontos e volume financeiro de R$ 320,69 milhões. Rio: baixa de 1,6%, encerrando a 20.131 pontos e movimentando R$ 23,85 milhões. Bolsas no exterior Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com 4.769,93 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.601,00 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou a 17.566,43 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,953 (compra) e R$ 0,954 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,952 (compra) e por R$ 0,954 (venda). "Black": R$ 0,953 (compra) e R$ 0,959 (venda). "Black" cabo: R$ 0,949 (compra) e R$ 0,957 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,930 (compra) e R$ 0,960 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: alta de 0,69%, fechando a R$ 11,73 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 22 foi positivo em US$ 876,82 milhões. As saídas financeiras foram maiores que as entradas de dólares em US$ 147,34 milhões. O saldo total está positivo em US$ 729,48 milhões. No exterior Segundo a "UPI", ontem, em Londres, a libra foi cotada a 1,5719 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4285 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 100,03 ienes. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para setembro fechou a 3,24% no mês e para outubro a 3,01% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para outubro ficou a 46.300 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para setembro fechou a R$ 0,957 e a R$ 0,968 para outubro. Texto Anterior: Serviços absorvem trabalhadores demitidos Próximo Texto: Gasolina não pressiona IPC, diz governo Índice |
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