São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995 |
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Serviços absorvem trabalhadores demitidos
LUIZ ANTONIO CINTRA
No mês de agosto, o setor gerou 92 mil postos de trabalho na Grande São Paulo, número próximo às 93 mil vagas que foram fechadas no mesmo período pela indústria. Cerca de 40% das vagas abertas pelo comércio são contratações com carteira assinada, que em princípio indicam uma maior estabilidade das vagas. "A coincidência dos números não significa que os 93 mil demitidos da indústria foram para serviços", diz Sérgio Mendonça, diretor-executivo do Dieese. Para ele, não é possível dizer quantas pessoas estão saindo da indústria para o setor de serviços. E também não é possível avaliar qual a parcela de desemprego que pode ser atribuída a ajustes estruturais. Na avaliação do diretor do Dieese, o setor de serviços não tem condições de manter esse ritmo de crescimento, caso a economia permaneça desaquecida. "Os serviços dependem diretamente do ritmo de atividade da indústria e também do nível de renda da economia", afirma. O setor de serviços apresentou crescimento de 2,8% no nível de ocupação em agosto. As áreas de maior crescimento foram: serviços de reformas (+8,8%), de alimentação (+8,5%), de transportes (+6,3%) e de saúde (+5,6%). O setor empregava em agosto, segundo pesquisa Dieese/Seade, cerca de 3,425 milhões de pessoas, contra 3,333 milhões registrados na pesquisa anterior. Pedro Paulo Martoni Branco, diretor-executivo da Fundação Seade, acredita que o nível de ocupação deve manter a estabilidade. "Esse ano a recuperação será menor que a dos anos anteriores, porque as medidas para reaquecer a economia foram tímidas", diz. Texto Anterior: Funcionários da Ford aceitam o "bolsão" Próximo Texto: Bolsas declinam no Brasil e no exterior Índice |
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