São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995
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Fazenda prevê recuperação

VIVALDO DE SOUSA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Se depender apenas da área técnica do Ministério da Fazenda, o ministro Pedro Malan deixará para março de 1996 o aumento das parcelas do crédito ao consumidor sustentado por recursos bancários -hoje limitado em três meses.
Os dados preliminares de setembro indicam que a atividade econômica está se recuperando.
Em agosto, as vendas de veículos aumentaram 38% e a produção de veículos cresceu 33%, quando comparadas com julho. O setor automobilístico sentia os maiores reflexos das medidas de restrição ao crédito.
O Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas) fez uma revisão sobre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e, agora, prevê crescimento de 5,7%, contra os 5,1% da última estimativa.
Os dados de consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e ao Telecheque em São Paulo nos 13 primeiros dias úteis de setembro também mostram vendas aquecidas. As consultas ao SPC aumentaram 11% e as do Telecheque subiram 7,6%, em relação ao mesmo período de agosto.
A produção de bens de capitais aumentou 10,3% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. A informação é da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas) e indica que as empresas estão investindo mais no setor produtivo.
A avaliação da equipe econômica é que as reduções de compulsório feitas pelo BC (Banco Central) em agosto começaram a dar resultados este mês.
A equipe de Malan está convencida de que os dados indicam uma recuperação da atividade econômica. Por isso, não haveria necessidade de acelerar o ritmo da flexibilização.
Há, porém, pressões de outras áreas para que as restrições terminem logo.

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