São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 1995
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Equipe diz ter achado farol de Alexandria

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Arqueólogos do Centro de Estudos Alexandrinos, no Cairo (Egito), dizem ter encontrado restos do farol de Alexandria. Considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo, o farol localizado à entrada do porto egípcio teria sido construído por volta do século 3 a.C e desaparecido no século 14.
Segundo os pesquisadores, blocos de pedra entre 40 e 75 toneladas que seriam restos do farol foram encontrados perto do que era a ilha de Alexandria, que acabou se ligando ao continente.
Segundo o porta-voz do centro, Colin Clement, "há fortes evidências" de que os blocos sejam mesmo do farol. Mas o secretário-geral do Conselho Superior de Antiguidades do Egito, Abdel Halin Nureddin, afirma que os blocos não pertencem ao farol.
Segundo ele, que diz não haver nenhuma prova científica, a notícia da descoberta está sendo usada pelos pesquisadores para conseguir novos financiamentos.
Restos do que teria sido o farol, descrito por historiadores e navegantes como uma torre de 120 metros de altura, teriam sido usados na construção do forte do sultão Qait Bey no século 15. Esse forte ainda existe.
Segundo Clement, o local da descoberta tem "pelo menos 800 ou 1.000" peças, entre estátuas, colunas, restos de edifícios e pedaços de antigos obeliscos.
Hoje, o sítio arqueológico está ameaçado por barreiras de cimento colocadas no mar por autoridades egípcias, para proteger o forte da erosão causada pelas ondas.
Embora não tenham encontrado nenhuma inscrição que confirme o descobrimento, os arqueólogos excluem a possibilidade de os blocos serem parte de peças que eram jogadas ao mar pelos mamelucos -soldados escravos- para bloquear o porto das investidas na época das Cruzadas.
As escavações começaram a ser feitas no ano passado. Os pesquisadores preparam agora um mapa detalhado do sítio arqueológico.

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