São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 1995![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Líbia ordena expulsão de palestinos
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS A Líbia ordenou ontem que todos os 30 mil palestinos no país se dirijam a campos improvisados dentro de 24 horas, para que sejam mais tarde expulsos do país.A ordem foi dada às vésperas da assinatura do acordo entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que ocorrerá amanhã, em Washington (EUA). O acordo, alcançado no domingo, prevê a transferência da autonomia na Cisjordânia para a OLP. Os palestinos serão levados de balsa para o Egito, para depois seguirem para a faixa de Gaza (já sob administração palestina) e para a Cisjordânia. Um grupo de 1.500 palestinos já tinha cruzado ontem a fronteira com o Egito. Para a Líbia, o acordo significa "mais concessões aos inimigos da nação árabe". O país condena o acordo de setembro de 1993, que abriu caminho para a transferência da autonomia. Pesquisa do Centro de Investigações e Estudos da Palestina diz que 60% dos palestinos não crêem em uma paz duradoura com Israel. O país disse que vai libertar nesta semana 1.500 prisioneiros, depois da assinatura do acordo. A OLP confirmou a informação. Segundo a OLP, apesar da cerimônia de amanhã, ainda é necessário acertar a data do início da retirada do Exército israelense. O Comitê Executivo da OLP se reuniu na Tunísia ontem para aprovar o acordo com Israel. O texto foi aprovado por unanimidade, com um único reparo: que o documento deixe claro que a retirada israelense começará dez dias após a assinatura do acordo. O governo israelense deve ratificar o tratado hoje, quando Iasser Arafat deve visitar o presidente francês, Jacques Chirac, em Paris, e em seguida ir a Londres encontrar-se com o premiê John Major, antes de viajar para os EUA, onde participará da assinatura do acordo de paz. O presidente Bill Clinton deve conversar com Arafat, Rabin e líderes da Jordânia e Egito antes da cerimônia. O Egito afirmou que vai processar Israel por causa das mortes de prisioneiros de guerra egípcios em 1956 e em 1967. O processo será baseado na confissão de um oficial israelense. Texto Anterior: Frei diz que julgará perdão a Espinoza; França prende barco do Greenpeace; Juppé faz crítica a favorecimento; Gato 'fujão' aparece e alivia britânicos; Vice do Equador depõe no Parlamento; Computador controla fronteira britânica; Epidemia causa 24 mortes na Colômbia Próximo Texto: Powell lidera pesquisa para eleição de 96 Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |