São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 1995
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Cruzeiros são 'uma faca de dois legumes'

BARBARA GANCIA
DA ENVIADA ESPECIAL AO CARIBE

Viajar pelo Caribe nesta época do ano pode ser, como diria Vicente Matheus, "uma faca de dois legumes".
No verão do hemisfério norte, os preços das acomodações são mais baixos em praticamente todas as ilhas caribenhas, mas, em compensação, corre-se o risco de dar de cara com algum furacão safado, como o tal Luis, que deixou aquele grupo de brazucas ilhados em St. Maarten.
Tive mais sorte do que os turistas tapuias.
Além de mim mesma, que eu saiba, o único furacão a ter passado pelo Caribe enquanto estive lá foi o timidíssimo Iris, que ocasionou apenas uma ligeira mudança na rota do Seawind Crown.
À primeira vista, o Seawind Crown, um navio três estrelas com bandeira panamenha e capacidade para 750 passageiros e 350 tripulantes, me causou certa desconfiança.
Eu explico: originalmente, a embarcação se chamava Vasco da Gama, mas, há cerca de três anos, foi adquirida pela companhia holandesa Seawind e teve seu nome trocado.
E, como bem sabe qualquer supersticioso que se preze, navio com nome de homem ou que muda de nome não é lugar seguro para se pôr o pé.
Embarquei no Seawind em Aruba esperneando. O quê? Navio com nome de homem e trocado? E ainda por cima só com três míseras estrelas? Socorro! Mas eu estava enganada.

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