São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 1995
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Governo vende parte da CPC

FERNANDO PAULINO NETO

FERNANDO PAULINO NETO; AZIZ FILHO
DA SUCURSAL DO RIO

O governo federal vai vender em leilão hoje, a partir das 14h, na Bolsa de Valores do Rio, um terço do capital votante da CPC (Companhia Petroquímica de Camaçari), pertencente à Petroquisa (Petrobrás Química S.A.).
O preço mínimo do capital social total é de R$ 360.054.512,77. O preço mínimo das ações ordinárias que vão a leilão é de R$ 70.558.088,05. As ações preferenciais têm preço mínimo de R$ 15.859.792,62.
As ações ordinárias (com direito a voto) que pertencem à Petroquisa, significam 14,91% do capital social (ações ordinárias e preferenciais, que não dão direito a voto).
Os atuais sócios privados da CPC, EPB (Empresas Petroquímicas do Brasil), Mitsubishi Chemical Corporation e Nissho Iwai Corporation, têm direito de exercer preferência de compra pelo preço final do leilão.
Light
O presidente da Light, MacDowell Leite de Castro, disse ontem que pretende desenvolver "atividades correlatas" na empresa para valorizar a estatal, que deve ser leiloada ainda este ano.
A venda, segundo ele, terá um preço maior caso a Light, privatizada, possa prestar serviços "como o aluguel de fibras óticas".
Outra iniciativa para valorizar a estatal será a venda de espaço publicitário nas contas de luz.
Segundo ele, "do jeito que está, só de patrimônio", a Light vale cerca de R$ 2,5 bilhões. Castro disse que as "atividades correlatas" podem permitir à futura empresa investir mais na transmissão de energia.
A Light controla cerca de 80% da distribuição de energia elétrica no Rio (três milhões de consumidores) e tem 47% das ações da Eletropaulo. Em 1994, teve um lucro de R$ 120 milhões.

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