São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 1995 |
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Motoristas de ônibus param 1 hora hoje
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
"A idéia é não prejudicar a população e evitar parar em horários de pico. Às 10h, o pessoal já foi para o trabalho", afirmou Aparecido Donisete Siviero, o Alemão, diretor do sindicato da categoria. Também estão previstas greves de bancários da Caixa Econômica Federal, de cerca de uma hora em todo o país, greve de 24 horas da categoria no Ceará e paralisações parciais de bancos no Maranhão. A idéia da CUT é realizar manifestações e paralisações parciais em diversos Estados. Em São Paulo, está prevista concentração, a partir das 16h, na praça da República, centro, com passeata a partir das 17h com percurso a ser decidido na hora. Além da CUT e seus sindicatos, devem participar do ato entidades signatárias do documento "Estabilidade Sim, Recessão Não", como por exemplo Pensamento Nacional das Bases Empresariais, Ordem dos Advogados do Brasil, Associação Brasileira da Indústria de Fundição, Sindicato dos Micro e Pequenas Indústrias, Confederação Nacional dos Diretores Lojistas, Associação Comercial de São Paulo, entre outras. Entre as centrais sindicais, está confirmada a presença da Confederação Geral dos Trabalhadores, da Coordenação Autônoma dos Trabalhadores, da Central Geral dos Trabalhadores e da Força Sindical. O presidente da Força Sindical, Luiz Antônio de Medeiros, e o diretor da central Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, não vão participar do protesto da CUT. "É um ato muito estreito. Vamos apenas mandar alguém lá", disse Paulinho. Para Medeiros, falta uma defesa clara das reformas constitucionais. "Não adianta só criticar, temos de propor." As correntes mais à esquerda no interior da CUT, como a Corrente Sindical Classista (PC do B) e o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, antiga Convergência Socialista) vão lançar manifesto próprio, diferente do "Estabilidade Sim, Recessão Não". O manifesto critica a Força Sindical e setores empresariais. Também estão previstos atos contra o desemprego na Argentina, Paraguai e Uruguai, por parte dos trabalhadores no setor automotivo. A participação no protesto foi definida em congresso de metalúrgicos do setor no Mercosul (Mercado Comum do Sul). Texto Anterior: Governo vende parte da CPC Próximo Texto: Reunião racha Força Sindical Índice |
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