São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 1995
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Capital volta a países em desenvolvimento

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os capitais privados internacionais estão voltando aos países em desenvolvimento, quase um ano após o começo da crise mexicana.
O anúncio foi feito ontem, em Washington, pelo IFI (Instituto de Finanças Internacionais), que reúne cerca de 200 instituições financeiras e fundos de pensão de todo o mundo.
O diretor executivo do instituto, Charles Dallara, disse, em um relatório semestral sobre a situação financeira mundial, que o "drástico programa de ajuste mexicano" e o apoio internacional recebido pelo país latino-americano tornaram possível essa recuperação.
A recuperação dos preços dos bônus "Brady" de negociação da dívida exterior dos países em desenvolvimento constitui outro sinal positivo, diz o documento.
Esses títulos haviam sofrido uma desvalorização de, em média, 25% entre dezembro de 1994 e março de 1995. Nas últimas semanas, no entanto, os preços dos bônus voltaram a subir.
Segundo Dallara, a crise mexicana acarretou uma significativa desaceleração do crescimento econômico das nações em desenvolvimento. Em 1995, esses países deverão registrar uma expansão econômica média de 4%, contra 4,8% em 1994.
Restituição
O presidente do México, Ernesto Zedillo, pretende restituir ao Tesouro norte-americano US$ 1 bilhão, referente ao primeiro pagamento do empréstimo de emergência concedido pelos EUA em consequência da crise mexicana.
Segundo o jornal norte-americano "The Washington Post", que publicou a notícia, o pagamento pode ser uma evidência clara de que o México superou a crise econômica.

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