São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 1995
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Filme dispensa violência do game

MARCEL PLASSE
ESPECIAL PARA A FOLHA

Filme: Mortal Kombat
Direção: Paul Anderson
Elenco: Christopher Lambert, Bridgette Wilson, Ronin Shou, Linden Ashby.
Onde: Marabá, Astor, Iguatemi 1, Paulista 1 e circuito

O game "Mortal Kombat" era violento demais e vendeu demais. Cinco milhões de unidades nos EUA. Deu o que falar por incluir sangue em sua animação gráfica.
O filme baseado no game é anti-séptico. Poupa tinta vermelha.
É brutal a diferença entre o que as crianças podem ver no cinema e o que jogam em casa. O nome de um novo brinquedo dá a dimensão: "Killer Instinct", instinto matador. O sistema de classificação etária de Hollywood podia aprender algo jogando games.
"Mortal Kombat", o filme, ao menos tem a pancadaria que faltou à versão cinematográfica de "Street Fighter", outra adaptação infantilizada de um game popular, além de bons efeitos especiais.
Mas os combates de artes marciais ficam devendo para os filmes B de Hong Kong. Falta o exagero e a coreografia de violência fantástica que fez de Hong Kong a fonte de inspiração de muitos games.
A inspiração, aqui, é uma escola de fantasia de 30 anos atrás. As aventuras de Sinbad e dos argonautas de Jasão com suas criaturas mitológicas e peregrinação por terras sombrias. Nostalgia para os mais velhos.
O objetivo das pancadarias é salvar o mundo. Três humanos são escolhidos para representar a Terra num combate com alienígenas numa ilha misteriosa. Mas são os campeões alienígenas que salvam o filme, graças aos efeitos.
A ação segue a estrutura de um jogo. Os oponentes ficam mais poderosos conforme os combates avançam. E cada briga é acompanhada por uma estridente musiquinha de game, só para lembrar que a franquia é melhor que o filme.

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