São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 1995
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Cristopher Lambert está feliz com "Mortal Kombat"

FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

Videogame, lutas marciais, efeitos especiais e um astro de Hollywood: esta é a receita de "Mortal Kombat", que estréia hoje no Brasil tendo no papel principal o ator francês Christopher Lambert, ex-Tarzan e ex-Highlander.
Aos 15 anos de carreira, Lambert, 37, foi o único dos atores que não teve de fazer teste de habilidades atléticas para integrar o elenco.
Todos os outros literalmente suaram a camisa e tomaram aulas com mestres orientais de karatê, jiu-jitsu e tae-kwon-do. O filme é dirigido ao público "teen" ou a quem, como Lambert, diz apreciar "um bom filme de ação".
O filme conta a história de um torneio travado entre guerreiros terrestres e cavaleiros do mal pela sobrevivência da Terra. O personagem de Lambert é uma mistura de mestre e deus que orienta os heróis terrestres.
"Mortal Kombat" custou US$ 25 milhões. Já arrecadou US$ 70 milhões em cinco semanas de exibição nos Estados Unidos, segundo o produtor Larry Kasanoff.
Kasanoff e Lambert estão no Brasil para divulgar o filme. A seguir, alguns momentos da entrevista do ator, que afirmou amar o Rio de Janeiro, "por que aqui vocês sabem aproveitar a vida".

Folha - Por que você tem repetidamente feito filmes de ação?
Lambert - Sou um fã de filmes de ação, um fã de divertimento. Não é o que eu vou fazer pelo resto da vida, mas se eu não consigo me divertir e gostar do que faço, não vou conseguir que os outros gostem.
Folha - Você não sente saudades de voltar a fazer filmes como "Subway", de Luc Besson?
Lambert - "Subway" teve muito a ver com o momento em que eu estava vivendo pessoalmente. Você tem também que pensar no mercado internacional, que tem que dar retorno. Fazer dinheiro não é o mais importante, mas o filme tem que dar dinheiro, até para que você possa fazer mais filmes. Além do mais, eu vou fazer um filme francês, uma comédia ainda sem título.
Folha - Haverá um "Mortal Kombat II"?
Lambert - Bem, está planejado, e eu estou me comprometi a fazê-lo. Você não tem que fazer, mas quando se planeja o primeiro, já se pensa no segundo.
Folha - Foi assim com "Highlander"?
Lambert - É, foi assim. Eu gostei muito do primeiro. Não gostei do segundo, mas tive que fazer porque já estava fechado. No terceiro, houve uma volta ao original, e as pessoas gostaram mais. O difícil de fazer ciclos é que, no segundo, já não há mais o elemento surpresa. Ao mesmo tempo, eu poderia fazer 15 "Highlanders", como se faz por aí, e eu não vou citar nomes. Seria seguro para mim e cômodo. Mas não é o que eu quero.
Folha - O que é mais importante para você, ao optar por um projeto?
Lambert - Sem dúvida, é a paixão pelo que se está fazendo. Às vezes você perde, às vezes ganha. É claro que fazer sucesso é bom. Eu quero ser famoso. Mas o que vale é você gostar do que faz. A dor é horrível se o filme não dá certo, e eu estou feliz por "Mortal Kombat".

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