São Paulo, quarta-feira, 3 de janeiro de 1996
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Bancos sob intervenção já pagam seguro-depósito

DA REDAÇÃO

Os interventores de 17 bancos em liquidação ou sob intervenção do Banco Central começam a chamar os clientes para pagar o seguro de crédito até R$ 20 mil por cliente.
Para receber o dinheiro de volta, os clientes devem ficar atentos à convocação que será feita pelos liquidantes.
Cada responsável por instituição em liquidação fixará a hora e o dia do recebimento.
A convocação normalmente é realizada por meio de anúncio em jornal local. Se a instituição for muito pequena é possível que a convocação seja feita com um simples cartaz na porta do banco.
Os seguintes bancos em liquidação ou sob intervenção do BC que pagarão o seguro-depósito: Adolpho Oliveira, Agrimisa, Atlantis, Bancorp, BFC, BIG, Comercial Bancesa, Comercial de São Paulo, Econômico (vai realizar o pagamento só após o dia 20), Garavello, GNPP, Hércules, Investcorp, Mercantil (Pernambuco), Open, Rosa e Seller.
O Fundo Garantidor de Créditos é um seguro de depósitos e aplicações. O objetivo é garantir os créditos dos depositantes e aplicadores do sistema bancário, em caso da decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência de instituição financeira.
O seguro garante os depósitos e aplicações (com exceção de fundos de investimento) até R$ 20 mil.
Os depósitos e aplicações garantidas: depósitos à vista, a prazo (CDB/RDB), em cadernetas de poupança, aplicações em letras de câmbio, letras imobiliárias e letras hipotecárias.
Os critérios de garantia para os depositantes e investidores são os seguintes: titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito estiver registrado na instituição ou aquele designado em título por ela emitido ou aceito; serão somados os créditos de cada credor identificado pelo respectivo CGC/CPF contra todas as instituições do mesmo conglomerado financeiro; os cônjuges são considerados pessoas distintas, seja qual foi o regime de bens do casamento; créditos em nome de dependentes do beneficiário identificados serão computados separadamente.
O custo para os bancos será de 0,025% ao mês sobre o saldo dos créditos garantidos, recolhidos mensalmente ao FGC, o que equivale a 0,30% ao ano.
A previsão de arrecadação anual é de R$ 460 milhões com a contribuição dos bancos, mais as taxas de serviços decorrentes da emissão de cheques sem provisão de fundos.

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