São Paulo, quarta-feira, 3 de janeiro de 1996
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Empresários reerguem futebol do Paraná

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Atlético-PR e Coritiba foram a sensação da segunda divisão do futebol nacional em 95. Vão retornar no próximo ano à primeira divisão do Brasileiro.
E isso se deve ao apoio de grupos de empresários. Eles assumiram as diretorias dos dois clubes há seis meses.
Com a classificação de ambos, o Paraná aparece no cenário nacional no 3º lugar em número de equipes no Brasileiro.
Primeiro está São Paulo, com sete times. Depois, o Rio de Janeiro, com quatro equipes.
Na terceira colocação, com três representantes, ficaram o Rio Grande do Sul e o Paraná, que terá, além dos dois classificados, o Paraná Clube.
O sucesso paranaense fez com que o futebol estadual ultrapassasse o de Minas Gerais e Bahia, tradicionais na disputa nacional, que permanecem com dois clubes no Brasileiro-96.
O Atlético, campeão pela segunda divisão do Brasileiro, é comandado por Mário Celso Petraglia, diretor da Inepar (construtora de Curitiba), que conseguiu reduzir a dívida do clube em 85%.
O Atlético fez também o artilheiro da competição, o atacante baiano Oseas, com 14 gols.
O Coritiba é dirigido pelo trio Edison Mauad, na presidência, Joel Malucelli e Sérgio Prosdócimo, na diretoria. Malucelli é dono de uma cadeia de lojas de material de construção, e Prosdócimo, de uma fábrica de eletrodomésticos.
Petraglia disse que o Atlético devia a bancos em maio deste ano cerca de R$ 5 milhões.
"Não tínhamos dinheiro nem para pagar o registro dos jogadores junto à CBF", afirmou Petraglia.
Segundo ele, a negociação da dívida com os bancos credores foi feita com a troca por patrocínios.
Além de negociar os débitos, Petraglia disse que foram investidos R$ 2 milhões em novos jogadores e equipe técnica para que o clube voltasse à primeira divisão.
"Cerca de 90% do nosso time se conheceu no embarque para o jogo contra o Goiatuba (primeira rodada)", afirmou Petraglia.
No Coritiba, a situação não era muito diferente.
Mauad, Malucelli e Prosdócimo assumiram o clube em junho passado com uma dívida de R$ 4 milhões, que também foi negociada.
"Estamos com todas as contas em dia", afirmou Mauad, dono de uma construtora.

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