São Paulo, quinta-feira, 4 de janeiro de 1996 |
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Gentileza infeliz Na década de 50, o cantor Gilberto Milfond era uma das estrelas mais requisitadas para animar comícios, especialmente no Nordeste. Ter Milfond no palanque era garantia de público. Depois de uma complicada negociação, um candidato a governador do Rio Grande do Norte conseguiu contratar Milfond para comandar o comício de encerramento da campanha, em Natal. O cenário era familiar. O governador e seu candidato subiram ao palanque com suas mulheres. Milfond, animado com os aplausos, decidiu homenagear a primeira-dama e dedicou-lhe um de seus sucessos, o bolero Senhora, sem perceber o conteúdo da letra: - Senhora/te chamam senhora/todos te respeitam, sem saber quem tu és... A letra da música contava a história de uma prostituta que ascendera socialmente. O constrangimento só não foi maior do que o tumulto. Milfond só conseguiu escapar da ira do governador e deixar o palanque graças a uma negociação comandada pessoalmente pelo chefe da polícia. Texto Anterior: Cerco; Temor; Bombeiros; Monotemático; Pauta cheia; Bênção; Frigideira; Ajuda federal; Mea culpa; Inquisição; Efeito Rosenberg; Inspiração; Pelo telefone; Pressa; Nome aos bois; Imagine; Defasagem Próximo Texto: Governo define a pauta da convocação extraordinária Índice |
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