São Paulo, quinta-feira, 4 de janeiro de 1996 |
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Unibanco acelera ritmo de demissões no Nacional
MILTON GAMEZ
Entre terça-feira passada e ontem, foram demitidos mais 219 trabalhadores do ex-Nacional em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, segundo o vice-presidente do Unibanco, Paulo Bravo. Os cortes pós-réveillon elevaram para 446 o número de funcionários dispensados pelo Unibanco, que herdou 13.800 profissionais nas quatro empresas (banco comercial, seguradora, administradora de cartões de crédito e companhia de arrendamento mercantil) compradas do banco carioca. Informalmente, no entanto, há rumores nas dependências do ex-Nacional de que as demissões homologadas até agora somariam 700, das quais cerca de 520 teriam sido assinadas somente nos últimos dois dias. "Esse número é exagerado, não condiz com a verdade dos fatos", disse Paulo Bravo. O Sindicato dos Bancários de São Paulo foi informado das 219 demissões na tarde de ontem. Ricardo Berzoini, presidente do sindicato, classificou o tamanho dos cortes de "significativo". Ele prevê que pelo menos um terço dos cerca de 30 mil funcionários dos dois bancos envolvidos irão perder o emprego no longo prazo, devido à fusão parcial. "Essas dispensas são preocupantes diante da situação social do país", comentou Berzoini. O vice-presidente do Unibanco admite que novas dispensas irão ocorrer. Paulo Bravo, no entanto, afirma que a rede de agências do extinto Nacional, que emprega a maioria dos funcionários da instituição, será pouco afetada. O Unibanco não irá juntar duas clientelas diferentes -o Nacional aceitava clientes de renda menor- numa mesma agência, comentou o executivo. "Mesmo agências contíguas poderão ser mantidas", afirmou. Texto Anterior: O túnel da Eletropaulo Próximo Texto: Banco define futuro de cartões e seguros Índice |
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