São Paulo, quinta-feira, 4 de janeiro de 1996 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Maradona diz que ainda luta contra drogas
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O jogador argentino Diego Maradona, 35, afirmou ontem que as drogas são um problema em sua vida há 13 anos."Fui, sou e sempre serei viciado." Disse que já não é mais um consumidor, mas que "uma pessoa que entra nessa vida precisa estar consciente de que, para deixá-la, é preciso acordar todos os dias e dizer: 'Hoje, volto a lutar contra o inferno da droga'. Só assim o problema poderá ser superado. Não se pode levantar e dizer 'acabou'. Não dá". As declarações foram dadas em entrevista à revista "Gente", que chega hoje às bancas da Argentina. Figura central de uma cruzada antidrogas lançada pelo governo argentino, Maradona anunciou ter experimentado drogas pela primeira vez em 1982, aos 22 anos. Afirmou que seu objetivo, com a campanha e com a entrevista, é alertar as crianças. Disse que provou cocaína pela primeira vez na Espanha, quando atuava pelo Barcelona, quatro anos antes de conquistar o título da Copa do Mundo, no México. O envolvimento do argentino com drogas acabou lhe custando duas suspensões do futebol. A primeira foi em 1991, quando um exame antidoping realizado após uma partida do Napoli, então o clube em que atuava na Itália, acusou a presença de cocaína. A segunda suspensão foi durante a Copa do Mundo de 94, ao ser constatada a presença de efedrina (substância estimulante proibida pela Fifa) no organismo do atleta. Antes disso, em julho de 91, quando já se encontrava suspenso, a polícia de Buenos Aires flagrou e deteve Maradona por posse e uso de cocaína. Texto Anterior: Morador do Tatuapé não quer jogador como vizinho Próximo Texto: 'A cocaína não deixava o meu cérebro livre' Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |