São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996
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Entenda o que aconteceu na divisão

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Foragido do presídio Plácido Sá Carvalho (zona norte), Luiz Henrique Fernandes dos Santos, o Riquinho, 36, foi recapturado em 11 de outubro passado por policiais da 21ª Delegacia de Polícia, em Bonsucesso (zona norte).
Como em sua agenda havia o telefone de José Cláudio, suposto sequestrador do morro da Mineira (zona norte), Riquinho foi transferido para a DAS (Divisão Anti-Sequestros) em 24 de novembro.
Riquinho chegou à DAS (zona sul) às 20h. Na madrugada do dia 25 ele saiu da DAS, supostamente para uma operação na favela Parque Alegria (zona norte), chefiada pelo delegado Clay Catão.
Riquinho não foi mais visto. Catão disse ao diretor da DAS, Paulo Maiato, que os policiais foram recebidos a tiros por criminosos do Parque Alegria. Durante o tiroteio, Riquinho teria escapado.
Insatisfeito com a versão, Maiato recorreu a um preso de confiança, o ex-policial militar Nei Terra, 48, que apresentou nova versão: Riquinho teria morrido sob torturas praticadas por Catão, o detetive Miguel dos Santos e o cabo Marcos de Carvalho. Segundo Terra, o corpo teria sido deixado na floresta da Tijuca (zona norte).
Principal testemunha do caso, Terra desapareceu da cadeia da DAS anteontem. Maiato afirma que Terra fugiu.
(ST)

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