São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Prefeitura e médicos tentam diálogo
DA REPORTAGEM LOCAL Representantes de entidades médicas que vêm se opondo ao PAS concordam em conversar sobre o Plano de Atendimento à Saúde desde que o interlocutor seja o secretário municipal Roberto Paulo Richter ou o próprio prefeito Paulo Maluf.O convite ao diálogo foi feito ontem pelo coordenador do PAS, o médico José Knoplich. O sindicato dos médicos e o Conselho Regional de Medicina disseram à noite que o convite não tinha sido oficializado, mas que seria aceito se Richter ou Maluf participasse do encontro. "Sempre estivemos abertos a um convite do secretário para tratar do PAS", disse Henrique Carlos Gonçalves, vice-presidente do CRM. Consultado pela Folha, o secretário Richter disse que o convite não partiu dele, mas que não se negará ao diálogo. "Converso com eles como converso com todo mundo. Se for possível, irei", afirmou. Ao longo do dia, no entanto, entidades médicas e prefeitura se mostraram muito distantes de um acordo. Jairo Ramos, diretor do módulo de atendimento Perus-Pirituba -onde está sendo implantado o PAS- disse que não permitiria que os plantonistas do hospital depusessem no CRM nas próximas semanas. Ramos alegou que o hospital ficará desfalcado se os médicos forem ao conselho. O CRM convocou 30 médicos na sindicância que investiga a implantação do PAS e as mortes ocorridas em Pirituba. Segundo Gonçalves, do CRM, os primeiros depoimentos confirmaram que no plantão iniciado na noite do dia 31 só havia cinco médicos dos 14 convocados. "Dos cinco, três estavam substituindo médicos que aderiram ao PAS", afirmou. Texto Anterior: Preso líder de quadrilha de ladrões de carro Próximo Texto: Hospital confirma 15ª morte Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |