São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996
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Argentina tem novo déficit em novembro

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

A Argentina registrou em novembro o terceiro déficit comercial consecutivo. As importações superaram as exportações em US$ 139 milhões, informou ontem o governo.
O resultado de novembro impõe menos otimismo à equipe econômica com relação à tendência do comércio exterior.
Nos 11 primeiros meses de 95, porém, o saldo continua sendo positivo. A Argentina registrou superávit de US$ 932 milhões.
O valor contrasta com os US$ 5,26 bilhões de déficit verificados no mesmo período do ano anterior. Também projeta um superávit de US$ 700 milhões em 1995.
O total de exportações de janeiro a novembro foi de US$ 19,05 bilhões segundo o Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos). No mesmo período, as importações somaram US$ 18,12 bilhões.
Nos primeiros 10 meses de 1995, a Argentina conseguiu obter superávit de US$ 1,87 bilhão no intercâmbio com os outros países do Mercosul (Brasil, Uruguai e Paraguai). Seu maior superávit foi com o Brasil.
Contudo, a balança comercial argentina fechou com saldo negativo de US$ 1,14 bilhão no intercâmbio com a União Européia e de US$ 2,26 bilhões com o Nafta (bloco econômico formado por Estados Unidos, Canadá e México).
Inflação
A Argentina registrou em 95 a inflação mais baixa dos últimos 51 anos. A variação do custo de vida ficou em 1,6% -um dos mais baixos percentuais do mundo.
Somente quatro países -Japão, Cingapura, Holanda e Bélgica- registraram crescimento menor da inflação no mesmo período.
A baixa taxa do último ano deve-se à recessão que atingiu o país depois da crise mexicana. No mês de dezembro, especificamente, o Indec calculou aumento de 0,1% no índice de inflação em relação a novembro.
Ontem, o governo argentino emitiu US$ 345 milhões em bônus na Alemanha, anunciou o ministro da Economia, Domingo Cavallo.
Os papéis têm prazo de sete anos e juros anuais de 10,25%. Foi a primeira emissão de títulos sul-americanos este ano na Europa.

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