São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996 |
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Empresários vão ao presidente pedir a desvalorização do real OLÍMPIO CRUZ NETO OLÍMPIO CRUZ NETO; SILVANA DE FREITAS
O empresário Jorge Gerdau disse que a flexibilização do dólar vai "diminuir a dependência da economia da âncora cambial". Ele afirmou que, antes de alterar a paridade cambial, é necessário promover a reforma fiscal. Para Gerdau, isso vai permitir que o empresário brasileiro consiga que os produtos tenham competitividade no mercado externo. Os representantes de confederações sindicais patronais estão preocupados com o atraso na aprovação da reforma tributária pelo Congresso. A avaliação é que a atual carga tributária e os altos índices das taxas de juros estão prejudicando a atividade produtiva. Gerdau defendeu a substituição do ISS (Imposto Sobre Serviços) pelo IVV (Imposto sobre Venda a Varejo), criticando a incidência em cascata da carga tributária sobre o processo produtivo. O novo imposto só incidiria sobre o custo final do produto -ao consumidor. Os empresários sinalizaram o aumento do desemprego em consequência da perda de competitividade com produtos de outros países. Eles afirmam que a carga tributária atual é muito elevada, encarecendo o produto nacional. "As empresas perdem competitividade exatamente pelo retardamento das reformas constitucionais, principalmente a tributária", disse Guilherme Afif Domingos, presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil. Eles pediram empenho do governo para apressar as votações das reformas tributária, administrativa e previdenciária e dos projetos que regulamentam as emendas constitucionais já aprovadas. Afif disse que FHC reclamou da lentidão das mudanças estruturais no Brasil. Texto Anterior: Cade desautoriza pedido de intervenção na Gerdau Próximo Texto: País exporta US$ 46,5 bi e bate recorde Índice |
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