São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996
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País exporta US$ 46,5 bi e bate recorde

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As exportações bateram recorde em 1995, chegando a US$ 46,5 bilhões, segundo divulgou ontem o MICT (Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo).
Ainda assim, as exportações não foram suficientes para superar as importações. O governo espera resultado negativo de cerca de US$ 3,1 bilhões na balança comercial (diferença entre as exportações e as importações) de 95.
O número final do déficit do ano passado depende ainda do resultado das importações em dezembro, que não está fechado.
As exportações cresceram 6,8% no ano passado -percentual inferior ao obtido pelos tigres asiáticos no período, que estimam crescimento entre 15% e 20%.
"O nosso crescimento foi menor porque temos um mercado interno mais importante", disse o secretário de Comércio Exterior do MICT, Maurício Cortes.
Para ele, a presença de um mercado interno mais forte faz os produtores nacionais preferirem vender no próprio país a exportar.
Cortes afirma que em 95 foi registrado aumento nos níveis de exportações. As vendas externas, que no início do ano estavam na casa dos US$ 3 bilhões por mês, atingiram um novo patamar a partir de maio -de US$ 4 bilhões.
Cortes atribui o desempenho favorável às medidas de restrição de consumo, adotadas no primeiro semestre de 1995, e às linhas internacionais de crédito para exportação, com juros menores.
Além disso, o Brasil teria sido beneficiado por preços mais favoráveis para alguns produtos exportados.
Houve crescimento nos valores de semimanufaturados (como alumínio e celulose), devido a maior procura por países asiáticos. As exportações desses produtos cresceram 32,6% em 1995.
Esse crescimento compensou a queda de 0,8% nas exportações de produtos agrícolas. Os industrializados venderam 2% a mais.
Segundo membros da equipe econômica, o governo tem entre suas prioridades para o ano de 1996 o incremento das exportações. Assim, se compensará o nível reduzido do consumo interno.

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