São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996 |
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Fundo de pensão compra ações do Pão de Açúcar
FREDERICO VASCONCELOS
A fundação de previdência complementar da caixa econômica paulista adquiriu ações preferenciais (sem direito a voto) no total de R$ 10 milhões. Com a operação, o Economus teve direito a um assento no conselho de administração da Companhia Brasileira de Distribuição, a holding (empresa controladora) do grupo da família Santos Diniz. O novo conselheiro é Ney Nazareno Sígolo, 42, diretor-superintendente do Economus e funcionário de carreira da Nossa Caixa há 21 anos. Ele administra uma carteira de R$ 290 milhões. Sígolo diz que não houve nenhuma participação de dinheiro do Estado. "O Economus é um fundo privado, autônomo, e os recursos são dos empregados", diz. Ele diz que não houve interferência do presidente da Nossa Caixa, Geraldo Gardenalli. Antes de exercer funções públicas nos governos federal e estadual, Gardenalli foi assessor econômico do Pão de Açúcar, tendo deixado o grupo em 1985. "Eu não tenho nenhuma ingerência sobre o Economus", diz Gardenalli. Ele afirma que não mantém relacionamento com os dirigentes do Pão de Açúcar. "Há anos, não converso com eles." Sígolo foi nomeado presidente do Economus em 1991 pelo então presidente da Nossa Caixa, Murillo Macêdo. Em 95, o Economus foi considerado o fundo mais rentável pela Abrapp, a entidade que reúne os fundos de pensão. Segundo Sígolo, o fundo é formado por contribuições iguais dos empregados e da Nossa Caixa. O Pão de Açúcar não comenta o negócio e não revela números sobre a operação com o Economus. Texto Anterior: País exporta US$ 46,5 bi e bate recorde Próximo Texto: BB antecipa créditos para plantio de milho; Três bancos começam a pagar seguro-depósito Índice |
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