São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996
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Cade desautoriza pedido de intervenção na Gerdau

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REDAÇÃO

Ruy Coutinho, presidente do órgão, decide esvaziar iniciativa de interino
O presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Ruy Coutinho, desautorizou o eventual pedido de intervenção na Gerdau.
"Foi uma atitude pessoal, isolada e equivocada de um conselheiro de plantão", disse Coutinho, referindo-se ao presidente interino, Edison Rodrigues-Chaves.
"Isso não foi suscitado nem aprovado pelo colegiado do Cade", disse. "Está em curso uma negociação com o grupo Gerdau. Não há conflito."
Segundo o Ministério da Justiça, o pedido não será analisado pelo procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, porque Rodrigues-Chaves não tem competência para acionar o Ministério Público.
O secretário de Defesa Econômica do Ministério da Justiça, Aurélio Wander, disse que Rodrigues Chaves extrapolou em suas funções e poderá ser punido.
Rodrigues-Chaves disse que não pediu intervenção. "Está claro na minuta de petição que a referência à intervenção é incidental, na hipótese de haver resistência do grupo empresarial à sentença."
Rodrigues-Chaves diz que a minuta era de conhecimento de todos os conselheiros e de Coutinho.
Jorge Gerdau minimizou a decisão do Cade de recorrer à Procuradoria Geral da República contra a operação de compra da Siderúrgica Pains pelo grupo Gerdau.
Rodrigues-Chaves quer o afastamento de Gerdau para que o interventor possa vender a Pains, adquirida há dois anos da holding alemã Korf, por US$ 62 milhões. A compra foi feita pela Siderúrgica Laisa, subsidiária da Gerdau.
A empresa foi acusada pelo Cade de desrespeitar a Lei Antitruste e incorrer na formação de monopólio no setor de aço plano.

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