São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996
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"Lágrimas" é elogio à ação

MARCELO REZENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

Produzido em 1956 para aproveitar o vigor- e frescor- do ator Burt Lancaster, "Lágrimas no Céu" (Telecine, 7h) é a adaptação da peça de Richard Nash sobre um estranho que chega a uma cidade para transformar a vida de seus moradores.
Em um primeiro momento percebemos estar em um lugar comum da América da década de 50: a repressão sexual sendo tomada pelo estrangeiro errante, uma idéia muito presente no teatro americano, de Tennessee Willians a Willian Inge, que terminou por migrar para o cinema em inúmeras adaptações.
Mas ao contrário da maioria dos casos, o filme de Joseph Anthony rejeita sua herança do palco e faz de "Lágrimas do Céu" um acontecimento rigorosamente cinematográfico.
Uma comédia romântica que dribla o sentimentalismo e coloca em seu lugar a presença energética de Lancaster, que parece, por vezes, mais malabarista que ator. Na terra das mais intensa neurose e seu imobilismo, "Lágrimas" é um elogio à ação.
(MR)

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