São Paulo, sábado, 6 de janeiro de 1996 |
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Material escolar pode 'salvar' comércio
FÁTIMA FERNANDES
A estratégia é minimizar o impacto de uma esperada queda nas vendas no primeiro trimestre deste ano sobre igual período de 95. Lojas Americanas, Mesbla, Mappin, Lojas Brasileiras, Carrefour, Extra e Pão de Açúcar, por exemplo, informam que compraram grandes volumes, negociaram "bons" preços com fornecedores e cortaram margens de lucro. Assim, esperam que o material escolar básico puxe as vendas neste começo de ano. Não será difícil, dizem, já que, ao contrário de outros anos, alguns produtos chegam a custar até 10% menos do que no ano passado. Mais canetas A Lojas Brasileiras aumentou cerca de 60% o estoque de cadernos para ser comercializado no primeiro trimestre deste ano nas suas 68 lojas. O salto foi de 4,69 milhões de peças (1º trimestre de 1995) para 7,5 milhões de peças. O volume de canetas esferográficas subiu cerca de 36% -de 6,98 milhões para 9,5 milhões de unidades -e o de giz de cera aumentou 27,5%- de 196 mil para 250 mil unidades. "Estamos apostando todas as fichas nesta linha de produtos neste começo do ano", diz Miralvo Dias Florencio, diretor da Lojas Brasileiras. Fatia do bolo Ele conta que a linha de material escolar deve representar entre 22% e 23% do faturamento total da empresa neste primeiro trimestre de 1996. No ano passado, participou com 15%, no período. "O material escolar vai puxar os negócios neste início do ano." No ano passado, lembra ele, a empresa perdeu venda por falta de mercadoria e neste ano não quis correr o mesmo risco. A Lojas Americanas está comprando para estes primeiros três meses do ano 50 milhões de peças em produtos escolares -25% mais do que em igual período de 1995. Frederico Luz, diretor, diz que essa linha de produtos interessa muito à empresa. Tanto que para conquistar mais fatia desse mercado vai tentar vender alguns itens com preços em torno de 10% mais baixos do que os da concorrência. Espaço ampliado Na Mesbla, o estoque de artigos de material escolar para este primeiro trimestre do ano aumentou 50% sobre igual período do ano passado -de 119 mil para 117,5 mil unidades. O espaço físico ocupado nas lojas -são 45 em todo o país- cresceu entre 15% e 20%. "Pela primeira vez vamos antecipar a promoção volta às aulas. Começa na última semana de janeiro e não mais na primeira quinzena de fevereiro", afirma Alexandre Pagliano, diretor. Segundo ele, a previsão da empresa é a de faturar R$ 1,9 milhão com a venda de material escolar neste primeiro trimestre do ano. Isso deve representar 1,5% da receita da empresa no período. No ano passado, essa linha de produtos foi responsável pela venda de R$ 1,5 milhão. Esse valor representou 1,3% da receita da empresa no período. Em promoção Pagliano diz que toda a linha de material escolar também poderá ser adquirida na nova promoção da empresa: pagamento em duas vezes (primeiro cheque para abril e o segundo para maio). No Mappin, o estoque da linha de material escolar está 15% maior do que o do ano passado. A exposição deles na loja vai ocupar, a partir do final deste mês, área 20% maior do que a do ano passado. No Carrefour, a oferta de material escolar neste ano é 30% maior do que a do ano passado. No Pão de Açúcar, o aumento foi de 28% e, no Extra, de 18%, no período. Texto Anterior: Déficit aumenta na Argentina Próximo Texto: Papelaria prevê vendas fracas no 1º trimestre Índice |
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