São Paulo, sábado, 6 de janeiro de 1996 |
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Bomba! Tela Quente versus Tela Crente!
JOSÉ SIMÃO
Pior que a enchente é a definição do Covas, ops Covascilante "Não existe cidade sem enchente". Depois das enchentes vem os sapos! O mofo deu! Rarará! Pior aquela mulher que tava atravessando a enchente com a bolsa lá em cima, como o náufrago Camões segurando os manuscritos dos Lusíadas, e quando chegou na outro lado passou um ladrão e levou a bolsa dela! Rarará. Tragicômico. O tragicômico é onipresente no Brasil! Tudo tem um lado cômico no Brasil. Eu tava vendo aquele telejornal cômico-cão "Aqui Agora" sobre um despejo em Vila Mimosa. E aí apareceu pichado na parede da vila: "É proibido urinar neste local". Rarará. Sensacional! Bem brasileiro. E quem não sabe ler? Rarará! Pior o cantor Falcão que se hospedou num hotel e quando fechou a porta leu a placa: "É proibido cuspir na parede". Rarará! E ficar ilhado em enchente tem seu lado positivo: fazer amizades. Uma amiga minha ficou amiga dum vendedor de carros em Guarulhos vizinho da irmã da Otávio Mesquita, o "Pernil". Rarará! A melhor coisa quando se fica ilhado é ter o celular do senador Gilberto Miranda. Daria pra você mandar um dos seus 300 helicópteros me pegar aqui? Rarará. O celular dele devia ser 911. Emergência 911! E a Leila e o Eliakim não conseguiram chegar no SBT. E aquelas ombreiras que eles usam não serve de bóia? Parece que eles têm uma bóia em cada ombro! E a Joyce mandou dizer que vai trazer o seu pé de pato de Porto de Galinhas porque ela mergulha mais aqui que em Pernambuco! E aí o Aborrecido Moreira disse que o caso Globo-Universal não é uma guerra de emissoras. "É sim. É uma guerra de emissoras sim: Tela Quente versus Tela Crente!" E o Maluf com o seu "Guerra e PAS"? Rarará. Nóis sofre mas nóis goza. Vai indo que eu não vou! Texto Anterior: Teatro de 1911 será restaurado em Jundiaí Próximo Texto: "Operação França" resiste Índice |
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