São Paulo, domingo, 7 de janeiro de 1996
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Escassez dá lugar a consumo

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

Pequim conta com 40 lojas de departamento e shopping centers, além de 1.049 mercados e feiras. As cifras refletem a expansão do consumo numa cidade castigada pela escassez e racionamento até meados dos anos 80.
A balança começou a mudar em 1978, quando o governo comunista decidiu implementar reformas pró-capitalismo para salvar o país do colapso econômico. A estratégia transformou a China num motor de crescimento econômico.
A explosão econômica e a busca pelo lucro rápido trouxeram fenômenos como a falsificação de produtos. Eles aparecem até em lojas estatais, seja por desconhecimento da gerência ou por necessidade de vender mercadorias mais baratas.
O uso indevido de marcas estrangeiras e cópias de, por exemplo, CDs sem pagamento de direitos autorais colocaram China e EUA à beira de uma guerra comercial ano passado. Washington quer um aperto contra a pirataria.
A cruzada de Wang Hai cai como uma luva no esforço do governo chinês de mostrar que combate a falsificação e a pirataria.
Mas os EUA exigem o fechamento das mais de 20 fábricas chinesas que copiam CDs americanos. Mas o governo patina na hora de reprimir, preocupado em não matar a nascente indústria.
(JS)

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