São Paulo, domingo, 7 de janeiro de 1996 |
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Quando o Carnaval chegar Ao término da primeira semana do ano novo, aumenta a disponibilidade de dados sobre o desempenho da economia em 1995. E volta o debate sobre as possibilidades de retomada do crescimento. O que mais salta à vista é a dimensão dos indicadores sobre os últimos 12 meses. A venda de carros aumentou 23,9%, batendo novo recorde da indústria automobilística. A arrecadação de ICMS cresceu 10,6% em São Paulo. Mesmo tendo em conta todos os sinais de aumento do desemprego e de faturamento fraco no final de 95, o ano entra para a história como aquele que superou as marcas do Cruzado (lançado em 1986) em termos de performance econômica. E sem congelamento. Diante dessas evidências, alguns analistas começam a rever o consenso mais pessimista que se formava no último trimestre. As medidas de flexibilização do crédito e dos compulsórios bancários, lançadas em dezembro como "pacote de Natal", devem começar a fazer efeito ao fim do primeiro trimestre. Até lá, o movimento de reposição de estoques pode trazer também algum fôlego à indústria. As taxas de juros, embora ainda excessivamente elevadas, desenham uma curva de declínio gradual. O ministro da Fazenda, Pedro Malan, arriscou-se mesmo a prognosticar que o crescimento receberá novo impulso já a partir do segundo trimestre. O pacote natalino, portanto, pode afinal mostrar-se efetivo quando o Carnaval chegar. Próximo Texto: Buraco negro Índice |
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