São Paulo, segunda-feira, 8 de janeiro de 1996
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Amir diz que pensou em matar Rabin com telefone

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O assassino confesso de Yitzhak Rabin brincou no tribunal ontem dizendo que considerou a hipótese de assassinar o primeiro-ministro de Israel com um telefone celular -aparentemente o meio usado para matar Iahia Aiach sexta-feira.
O promotor Pnina Guy estava relacionando para os jurados os meios que Yigal Amir, 25, considerou para matar Rabin.
Repentinamente, Amir interveio com um largo sorriso: "Minha idéia era fazer isso com um telefone celular".
Os promotores nunca mencionaram um telefone celular entre as formas que alegam que Amir teria contemplado para matar Rabin. Segundo os promotores, um dos meios considerados por Yigal Amir foi explodir a residência do primeiro-ministro.
Amir confessou ter atirado em Rabin em 4 de novembro último, quando o primeiro ministro saía de manifestação pela paz em Tel Aviv. Ele disse que se opunha às negociações de paz entre Rabin e os árabes.
Ele está sendo julgado por assassinato premeditado. Ontem o tribunal estava tratando das acusações de conspiração feitas contra ele, seu irmão Hagai e o amigo de ambos, Dror Adani.
Israel não está acusando Hagai e Adani por assassinato, porque os promotores disseram que eles não sabiam qual era o plano específico de Yigal para matar Rabin.
Amir ficou conversando com o irmão e o amigo durante toda a sessão. Ele também se dirigiu diversas vezes a sua irmã e a repórteres que estavam na audiência.
Por essas e outras interrupções nos trabalhos, o juiz Menachem Ilan pediu a retirada de Yigal Amir da sala do tribunal.
Em dezembro, o julgamento por assassinato premeditado foi adiado para 23 de janeiro.

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