São Paulo, terça-feira, 9 de janeiro de 1996
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Interpretação equivocada; Exemplo; Econômico; Reparação; Fora de contexto; Boas festas

Interpretação equivocada
"O ex-presidente Paulo Feldmann concedeu ao jornalista Luís Nassif uma entrevista exclusiva onde se misturam à sua saída da Eletropaulo reações emocionais e interpretações equivocadas da sua própria gestão. A prática recente da política brasileira permitiu à exaustão a interferência de interesses privados acima do interesse público. No governo Mário Covas isso é absolutamente impossível; nenhum setor privado ou político poderá influir na decisão administrativa de conteúdo legal e moral pelas características da própria gestão. Portanto, a premissa de Paulo Feldmann é falsa. No caso específico, o ex-presidente da Eletropaulo foi instado a acelerar decisões após quase um ano de gestão em casos simbólicos e concretos que não poderiam mais ficar afeitos a vacilações, inoperâncias ou indecisões clássicas de uma direção sem coragem para decidir. Confundir isso com pressões ou tramas é paranóia, má-fé ou na melhor das hipóteses uma inconsequência indesculpável."
Walter Feldman, deputado estadual (São Paulo, SP)

Exemplo
"Não gosto de futebol nem da idolatria dispensada a alguns jogadores, mas rendo-me a Maradona. A ele e sua família, minha solidariedade. Suas declarações sobre a luta que vem travando contra o vício são muito importantes para a nossa juventude. Como mãe de dependente químico tentando recuperar-se, é vital que Maradona e todas as outras pessoas públicas na mesma situação (exemplo para nossos filhos) vistam o manto da humildade e reconheçam a tragédia de suas vidas e as dificuldades que encontram para libertar-se desse mal."
Albertina Menchini Steiner (Campinas, SP)

Econômico
"Excel & Econômico S/A: prejuízo nosso, lucro deles. Mais uma vez ficou a viúva de bolsos vazios e vestes rasgadas; enquanto nós, que habitamos seus intestinos, permanecemos calados, esperando o mau cheiro passar. Dormimos embalados na democracia, mas os perdulários continuam acordados."
André B. de Melo (Fortaleza, CE)

Reparação
"Vimos solicitar que este veículo repare os lamentáveis prejuízos causados às entidades do Movimento Negro de Mato Grosso do Sul em decorrência da publicação de reportagem em 18/11, intitulada 'Poder para o povo preto' lança Pelé à Presidência -candidatura é defendida por movimentos negros do MS', onde o título de reportagem atribui ao Movimento Negro de MS o lançamento da candidatura do ministro Pelé à Presidência da República. Gostaríamos que a Folha noticiasse que o lançamento da candidatura do ministro não é ação conjunta do Movimento Negro de MS e que as entidades abaixo-assinadas discordam desse tipo de atitude, venha de onde vier. Não nos interessa neste momento discutir quem será o próximo presidente ou qual será sua etnia, mas o que o atual fará em prol do povo negro, quais políticas tem este governo para combater o preconceito e a pobreza da maior parte da população negra que é pobre e dos pobres em geral, pois nossa luta solidariza-se com todos os despossuídos deste país, negros e não-negros."
Sidnei Ricardo Leão de Araujo, coordenador-geral do Grupo Tez; Luiz Chagas, do NUN -Núcleo de Universitários Negros; Pastoral do Negro e Coletivo das Mulheres Negras (Campo Grande, MS)

Resposta do jornalista Alexandre Secco - A reportagem reproduz a opinião de um dos líderes do movimento negro do MS, Aparício X. Outros membros do movimento manifestaram a mesma opinião. A reportagem não diz que a candidatura é apoiada pelo movimento.

Fora de contexto
"O repórter Luiz Antonio Ryff procurou-me para opinar sobre os novos romances históricos que várias editoras têm programados para 96. Eu disse que se tratava de um leitor sofisticado, capaz de compreender as inúmeras referências históricas e culturais que caracterizam esses romances. O repórter perguntou então como explicar o sucesso de 'Xangô', de Jô Soares. Respondi que era um fenômeno que não invalidava meu argumento, pois o sucesso do livro do Jô, para além de seus méritos literários, tinha a ver com a imensa popularidade do autor como apresentador de TV, que pode usar seu programa diário como instrumento de marketing para alavancar vendas. Na reportagem publicada na Ilustrada de 1º/1 o diálogo foi editado em duas reportagens diferentes e a frase sobre o Jô, isolada do contexto, numa retranca específica sobre o sucesso de Xangô, ganhou uma carga de agressividade e -partido da diretora de uma editora concorrente- até de inveja que com certeza não havia quando eu a disse para o Ryff."
Luciana Villas Boas, diretora editorial da Record (Rio de Janeiro, RJ)

Boas festas
A Folha retribui as mensagens de boas festas que recebeu de: Renata e Tasso Jereissati, governador do Ceará (PSDB); João Guilherme Sabino Ometto, Copersucar União (São Paulo, SP); Lucio Ricardo Marques da Silva, gerente-geral de Imprensa da Varig S/A (Rio de Janeiro, RJ); Flavio A. Correa, Empresas Ogilvy & Mather (São Paulo, SP); Cheryl Readman e Val Austin, Turismo Britânico - BTA; Orazio Corallo, diretor-geral, e Regina Bianchi, relações públicas da Alitália; Paulo Andreoli, Paulo Andreoli & Associados (São Paulo, SP); Celia Marcondes Ferraz, Grupo Accor (São Paulo, SP); Luiz Antonio Cabral, Unidas Rent a Car (São Paulo, SP); Traffic Marketing Esportivo (São Paulo, SP); Seplan Seguros (São Paulo, SP); Pinho Administração de Bens S/C Ltda. (São Paulo, SP); Shopping Jardim Sul; cel. Nilson de Toledo Antenor, presidente do Círculo Militar de São Paulo (São Paulo, SP); Adilson Vita, Sampa Eventos (São Paulo, SP); Tecnoformas Indústria Gráfica Ltda. (Barueri, SP).

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